sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Indefinição sobre dutos da Petrobras deve atrasar ainda mais o início das obras do estádio do Corinthians

DivulgaçãoA Petrobras desmentiu nesta quinta-feira (16) o que disse o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, em entrevista coletiva na quarta-feira (15). O dirigente afirmou que já estava resolvida a questão dos dutos da empresa que estão no terreno onde será construído o estádio do clube, em Itaquera. A arena foi indicada para abrir a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
- Está tudo resolvido. Em janeiro ou fevereiro vai ver se vai afundar, se vai mudar de posição, se vai alargar, o que vai fazer. Mas a Odebrecht já está em cima disso e podem ficar tranquilos que o Corinthians vai fazer seu estádio.
Só que a questão não é tão simples assim. Ao contrário do que Andrés afirmou, a assessoria de imprensa da Transpetro, empresa responsável pelos dutos, disse que a questão não está solucionada. A única resolução tomada sobre o caso prevê para 2014 uma obra de retirada ou desvio dos dois dutos de Itaquera e de vários outros que passam pela cidade de São Paulo.
- Ainda não temos uma alternativa definida em relação a prazos e custos para equacionar a construção do estádio e os nossos dutos. O assunto está sendo analisado. Há um Plano Diretor de Dutos (PDD), já em curso, a cargo da Petrobras, que prevê o remanejamento de diversos dutos que hoje cruzam a cidade de São Paulo. Os dutos Osvat 22 e Osvat OC 24 [que passam por Itaquera] estão incluídos no PDD. No atual cronograma do plano, a desativação destes dutos, e sua consequente substituição por novas unidades em outros traçados, estão previstas para acontecer a partir de 2014.
O problema não para por aí. Na coletiva que deu na quarta-feira, Andrés já confirmou um atraso de no mínimo dois meses para o início das obras do estádio. No cronograma original do Corinthians, a construção do estádio deveria começar em janeiro de 2011.
- Está muito bem encaminhado. No máximo em março, mas está previsto para fevereiro [o início das obras].
A construção, porém, deve atrasar ainda mais. Por lei, nenhuma obra pode ser feita em áreas próximas aos canos, graças à chamada faixa de domínio da Petrobras no entorno dos dutos. A medida foi tomada para evitar que os canos sejam danificados. Além disso, garante um espaço para a empresa realizar a manutenção quando for necessário.
Sem um posicionamento da Transpetro sobre o assunto, as obras não podem começar, segundo a empresa. Isso porque, no projeto inicial do estádio, os dutos passariam embaixo das arquibancadas do “Fielzão”.
Além do problema com os canos, o clube ainda precisa obter várias licenças para começar a obras. Entre elas, as que dizem respeito sobre o impacto no trânsito e no meio ambiente da região de Itaquera. O Palmeiras demorou quase três anos para obtê-las para a reforma da Arena Palestra.

Fonte: R7.com

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